03 novembro 2007
08 outubro 2007
Todas as mulheres do mundo



Trata-se de um filme de 1967 e isso me faz sentir um pouco mais velho? Não... arte não é feita nunca exatamente para sua própria geração... mas nem é pela arte que me causa admiração esnte filme e sim porque diz respeito a uma coisa extremamente simples e ao mesmo tempo complicada de entender principalmente pelas mulheres, mas não somente por elas porque nós não sabemos também o porquê acontece de em algum momento desejarmos tanto uma mulher a ponto de nos abdicar de ter todas as mulheres para ter apenas uma e a essa voltar todo desejo que antes era para todas.
Mas não é qualquer uma que se compara a uma Leila Diniz...
02 outubro 2007
Noruega
Champanha e gelo, com os cumprimentos da gerência. Flores e cestas de frutas. O pessoal da portaria curvando-se, ao entrar e sair com minha bagagem, minhas cartas e meus recados telefônicos. Sorrisos e gentilezas e toda a irrealidade de que se revestem.
Enquanto eu sorrio, entusiasticamente, e agradeço."
19 setembro 2007
09 setembro 2007
17 agosto 2007
Inocência
Enquanto a um homem palavras são palavras mesmas em seu significado, para nós mulheres as palavras depedem de quem nos fala, dependem aquilo que sentimos, daquilo que queremos. Não existem formas já prontas... as palavras mais sujas podem nos ser as palavras mais belas que nenhum poeta em sua mais forte inspiração nos foi capaz de causar ardor, se forem proferidas tais palavras pela pessoa que nossas pernas tremem com o mais leve sussurrar e qual um beijo faz a consciência sumir deste mundo de penas levando a prazer cândido e perene. Aos homens também falta compreender que palavras bonitas serão apenas ouvidas se nos interessarmos, e certas vezes leva tempo para permitirmos ouvir- mais tempo que a maioria dos homens se permitem esperar.
Não preciso me alongar em dizer que não compreendo também os homens, pois eles desistem de nos cobiçar com a mais suave oportunidade que os aparecem de tocar o corpo de outra mulher. Como eles são capazes de não se questionarem? Se uma homem fosse escrever os sentimentos de uma mulher sua maior dificuldade talvez seria de não ser antiguado, quase parecendo meu bisavô, com a idéia por exemplo de uma mulher que almeja por quem a trate como única e que a faça sonhar acordada, suspirar. Ou simplesmente algo como alguém capaz de não envergonhar-se frente aos amigos em dizer "-É aquela quem me desperta a mais forte timidez, me faz sumir as palavras, mas que um dia farei meus lábios juntos ao dela, alguém que me fará esquecer o futebol com vocês!". A verdade é aquela que dita antes... não existe forma... mas queremos atitude, gostamos de quem sabe valorizar aquilo que quer, que luta por conseguir algo valioso de fato...
... e as reticências... elas são a melhor forma de denotar nós mulheres... pois não falam tudo...
14 agosto 2007
Toi et moi


==============================
11 agosto 2007
23 julho 2007
21 julho 2007
Cartas a um jovem poeta
Roma, 14 de maio de 1904.
Meu caro Sr. Kappus,
Decorreu muito tempo desde que recebi a sua última carta. Não me guarde rancor por isto; trabalho, incômodos e indisposições impediram-me de dar-te uma resposta. Queria que esta lhe viesse de dias tranqüilos e bons. Agora me sinto outra vez um pouco melhor (o começo da primavera fez sentir bastante, também aqui, suas transições malignas e caprichosas,) e venho cumprimentá-lo, caro Sr. Kappus, e (o que faço com tanto gosto) dizer-lhe, o melhor que posso, algumas coisas a respeito de sua carta.
Como vê, copiei o seu soneto(*) por achá-lo belo e simples e porque nasceu numa forma em que se move com tão discreta correção. Dos versos seus que tenho lido são estes os melhores. Venho agora oferecer-lhe esta cópia, porque sei como é importante e cheio de novas experiências rever um trabalho próprio copiado pela mão de outrem. Leia os versos como se fossem de outra pessoa e no fundo da alma há de sentir como são seus.
Foi uma alegria para mim reler várias vezes o soneto e a carta, agradeço-lhe ambos.
Não se deve deixar enganar em sua solidão, por existir algo em si que deseja sair dela. Justamente tal desejo, se dele se servir tranqüila e sossegadamente como de um instrumento, há de ajudá-lo a estender a sua solidão sobre um vasto território. Os homens com o auxílio das convenções, resolveram tudo facilmente e pelo lado mais fácil da facilidade; mas é claro que nós devemos agarrar-nos ao difícil. Tudo o que é vivo se agarra a ele, tudo na natureza cresce e se defende segundo a sua maneira de ser; e faz-se coisa própria nascida e contra qualquer resistência. Sabemos pouca coisa, mas que temos de nos agarrar ao difícil é uma certeza que não nos abandonará. É bom estar só, porque a solidão é difícil. O fato de uma coisa ser difícil deve ser um motivo a mais para que seja feita.
Amar também é bom: porque o amor é difícil. O amor de duas criaturas humanas talvez seja a tarefa mais difícil que nos foi imposta, a maior e última prova, a obra para a qual todas as outras são apenas uma preparação. Por isso, pessoas jovens que ainda são estreantes em tudo, não sabem amar: tem que aprendê-lo.
Com todo o seu ser, com todas as suas forças concentradas em seu coração solitário, medroso e palpitante, devem aprender a amar. Mas a aprendizagem é sempre uma longa clausura. Assim, para quem ama, o amor , por muito tempo e pela vida afora, é solidão, isolamento cada vez mais intenso e profundo. O amor antes de tudo, não é o que se chama entregar-se, confundir-se, unir-se a outra pessoa. Que sentido teria com efeito, a união com algo não esclarecido, inacabado, dependente? O amor é uma ocasião sublime para o indivíduo amadurecer, tornar-se algo em si mesmo, tornar-se um mundo para si, por causa de outro ser; é uma grande e ilimitada exigência que se lhe faz, uma escolha e um chamado para o longe. Do amor que lhes é dado, os jovens deveriam servir-se unicamente como de um convite para trabalhar em si mesmos (“escutar e martelar dia e noite”). A fusão com outro, a entrega de si, toda a espécie de comunhão não são para eles (que deverão durante muito tempo ainda juntar muito, entesourar); são algo de acabado para o qual . talvez, mal chegue atualmente a vida humana.
Aí está o erro tão grave e freqüente dos jovens: eles – cuja natureza comporta o serem impacientes – atiram-se uns aos outros quando o amor desce sobre eles e derrramam-se tais como são com seu desgoverno, sua desordem, sua confusão. Que acontecerá pois? Que poderá fazer a vida desse montão de material estragado a que eles chamariam felicidade? Que futuro os espera? Cada um se perde por causa do outro e perde ao outro e muitos outros que ainda queriam vir. Perde os longes e as possibilidades, troca o aproximar-se e o fugir de coisas silenciosas e cheias de sugestões por uma estéril perplexidade de onde nada de bom pode vir, a não ser um pouco de enjôo, desilusão e empobrecimento. Depois procuram salvar-se, agarrando-se a uma das muitas convenções que se oferecem como abrigos para todos nesse perigoso caminho. Nenhum terreno da experiência humana é tão cheio de convenções como este. Há nele uma profusão de cintos salva-vidas, canos e bexigas natatórias, toda a espécie de refúgios preparados pela opinião que, inclinada, a considerar a vida amorosa um prazer, teve de torná-la fácil, barata, sem perigos e segura como os prazeres do público.
No entanto, muitos jovens que amam erradamente, isto é, entregando-se simplesmente sem manterem a sua solidão – e a média fica sempre nisso - , sentem o peso opressivo do erro cometido e gostariam de, à sua maneira, tornar vivedouro e fértil o estado de coisas a que se vêem reduzidos. A sua natureza lhes diz que as questões do amor não podem , menos ainda do que qualquer outra importante, ser resolvidas em comum, conforme um acordo qualquer; que são perguntas feitas diretamente de um ser humano para outro, que em cada caso exigem outra resposta, específica, estritamente pessoal. Mas como podem eles, que já se atiraram uns aos outros e não mais se delimitam nem se distinguem, quer dizer, que nada mais possuem de seu, encontrar uma saída em si mesmos, no fundo de sua solidão já derramada?(...)
O soneto ao qual o poeta se refere, está traduzido e publicado na mesma edição página 77.
12 julho 2007
10 julho 2007
07 julho 2007
Próximo a decisão...
Tenho imobilizado o pensamento
procurando-na em toda parte,
mesmo quando não tento.
E já nem tento como antes me esconder
ou não consigo. Com felicidade tão extremada
aceno-te, sem preocupar-me nada...
atentando apenas em a alma obedecer.
Arrepio-me em te lembrar
o rosto, o sorriso, o acenar
por quais suspiro e trazem o desejar.
Sorvo-te em tua sensibilidade
tão cândida, que nada mais me faz aspirar
senão de em seus lábios tocar.
01 julho 2007
Hilst
Respondeu: lava. Depois pó. Depois nada."
Estou com saudades de ler Hilda Hilst e o modo que ela toma o desejo, falando dele como nenhum homem poderia dizer e como poucas mulheres tem a ousadia de assumir. Arriscaria a dizer muito mais, contudo Hilst se faz suficiente para dizer o que escreve quando lê-se sua obra.
17 junho 2007
Mulheres modernas
Nossos corpos, nossas vozes, nosso olhar, são mais perigosos aos homens que eles podem imaginar, pois cada item de nossa sedução exibe um quê de inocência e caridade, e porque não dizer de esperança? Podemos mentir ao mais feio dos homens, e por mais óbvia que seja a mentira ele preferirá acreditar em nossas palavras que no espelho que se vê todos os dias. A suavidade de nossa pele, seu leve calor e seu fresco aroma encontram-se na natureza apenas em nosso corpo e é em contato com este que seus corpos ardem em tentação, mas também em nosso direito de dizer não em nos tocar que eles se fazem o mais frágil, o mais pobre dos seres.
Temos poder! Podemos até ganhar menos que eles para o mesmo trabalho, mas sabemos que se for de nosso querer nem precisamos dividir as contas. Não precisamos experimentar o toque de um único homem na esperança de sê-lo aquele nosso ideal, afinal todos os homens querem apenas o sexo que podemos dá-los, seja pelo prazer do coito mas também o de falar aos amigos, e mal sabem eles como nós mulheres também conversamos este mesmo assunto e somos honestas em dizer se foi bom ou ruim e contamos isso em detalhes. Mas se há uma coisa onde reside nosso poder sobre os homens, este está em deixá-los completamente perdidos, sem conseguir imaginar o porquê de nossas atitudes e palavras, de fazer com que eles possam até quando certos estar errados, de os obrigar em fazer coisas que nunca pensariam em fazer se não fosse a necessidade de conseguir nossa atenção.
16 junho 2007
Bêbado
O planeta seguinte era habitado por um bêbado. Esta visita foi muito curta, mas mergulhou o principezinho numa profunda melancolia.
- Que fazes ai? perguntou ao bêbado, silenciosamente instalado diante de uma coleção de garrafas vazias e uma coleção de garrafas cheias.
- Eu bebo, respondeu o bêbado, com ar lúgubre.
- Por que é que bebes? perguntou-lhe o principezinho.
- Para esquecer, respondeu o beberrão.
- Esquecer o quê? indagou o principezinho, que já começava a sentir pena.
- Esquecer que eu tenho vergonha, confessou o bêbado, baixando a cabeça.
- Vergonha de quê? investigou o principezinho, que desejava socorrê-lo.
Vergonha de beber! concluiu o beberrão, encerrando-se definitivamente no seu silêncio.
E o principezinho foi-se embora, perplexo.
As pessoas grandes são decididamente muito bizarras, dizia de si para si, durante a viagem.
[Retirado do livro "O pequeno Príncipe" de Antoine de Saint-Exupéry]
15 junho 2007
Deu no Jornal
Gênero: Animação; Diretor: Yanko del Pino; Ano: 2005;
Duração: 3 min; Cor: Colorido; Bitola: vídeo; País: Brasil
14 junho 2007
Louco
26 maio 2007
...
Coração tem que ser feito.
Ja tenho uma porção
Me infernando o peito.
Com isso ninguém nasça.
Coração é coisa rara,
Coisa que a gente acha
E é melhor encher a cara.
Caprichos e Relaxos - Paulo Leminski
29 abril 2007
Asas do Desejo
Daí ela diz:
- Deixe a coisa ficar mais séria.
Estive só um tempo mas nunca vivi sozinha. Quando estava com alguém se sentia feliz.
[silêncio]
Mas ao mesmo tempo tudo parecia ser coincidência. Essas pessoas eram meus pais mas poderiam ter sido outras. Porque este rapaz de olhos marrons é meu irmão e não aquele de olhos verdes no outro lado da plataforma? A filha do motorista de taxi era minha amiga. Mas poderia ter perfeitamente colocado meu braço em torno do pescoço de um cavalo.
Estive com um homem enamorada. Poderia tê-lo deixado de lado e partido com um estranho.
Olhe para mim ou não.
Me dê sua mão ou não.
Não me dê sua mão.
Olhe para lá.
Hoje é noite de lua nova, que noite de paz...
... sem derrame de sangue na cidade.
Nunca brinquei com alguém. Nunca abri meus olhos e disse: Agora é sério. Cresci. Era o único que não era sério? Os nossos tempos é que não são sérios.
Nunca estive só, nem sozinha, nem com outros. Gostaria de ficar só. Solidão significa: Finalmente sou um todo.
Agora posso afirmá-lo, pois finalmente estou só. Tenho que parar com as coincidências.
[suspiro]
A lua nova das decisões.
Não sei se existe destino, mas aqui está uma decisão!
Decida!
Nós agora somos o tempo.
Não só toda a cidade, mas o mundo todo está tomando parte da nossa decisão.
Nós somos mais que dois.
Encarnamos algo. Estamos no lugar dos outros e tudo está cheio de gente que está sonhando o mesmo sonho. Estamos decidindo o jogo dos outros!
Estou pronta!
Agora é sua vez.
Pegue o jogo em suas mãos.
Agora ou nunca!
Você precisa de mim!
Você vai precisar de mim!
Não existe história maior que a nossa...
... a de um homem e uma mulher.
Será uma uma história de gigantes. Invisível, transponível. A história de novos ancestrais.
Veja, meus olhos são o retrato da necessidade do futuro de cada um no lugar.
Ontem a noite sonhei com um estranho...
... com meu homem.
Só com ele posso ficar a sós... me abrir para ele. Recebê-lo inteiramente. Envolvê-lo num labirinto de felicidade a dois.
Sei que é você.
Produto Descartável
Gênero Ficção Diretor Flávia Rea, Rafael Primo Elenco: Bárbara Paz, Rafael Primo Ano 2003 Duração 16 min Cor Colorido
28 abril 2007
Quero um amor para as estações frias
tiro para todos os lados,
simpatia e falas forçadas,
meu Deus, e, até agora, nada.
Uma eu já comi,
outra eu já peguei;
outras sempre quis
e o que sobrou eu já chutei.
no frio cadente do outono,
ninguém pra me dar bola?
Aaaahhh... Pra dar bola tem de sobra,
mas no fim da história, quem sobra sou eu.
Ado, ado, ado, vai tomá no cu.
26 abril 2007
A Piedade
abatido na extrema paliçada
os professores falavam da vontade de dominar e da
luta pela vida
as senhoras católicas são piedosas
os comunistas são piedosos
os comerciantes são piedosos
só eu não sou piedoso
se eu fosse piedoso meu sexo seria dócil e só se ergueria
aos sábados à noite
eu seria um bom filho meus colegas me chamariam
cu-de-ferro e me fariam perguntas: por que navio
bóia? por que prego afunda?
eu deixaria proliferar uma úlcera e admiraria as
estátuas de fortes dentaduras
iria a bailes onde eu não poderia levar meus amigos
pederastas ou barbudos
eu me universalizaria no senso comum e eles diriam
que tenho todas as virtudes
eu não sou piedoso
eu nunca poderei ser piedoso
meus olhos retinem e tingem-se de verde
Os arranha-céus de carniça se decompõem nos
pavimentos
os adolescentes nas escolas bufam como cadelas
asfixiadas
arcanjos de enxofre bombardeiam o horizonte através
dos meus sonhos
22 abril 2007
Singularidade
Quando entrou no restaurante, sentou-se em seu lugar de costume e olhou para mim. Nossos olhos se encontraram. A próxima coisa que percebi foi ele soltando um grito incrível, que me gelou até os ossos, e a todos os presentes. Todos olharam para mim, com os olhos arregalados, alguns ainda com a boca cheia de comida. Obviamente eles pensaram que eu havia gritado. Eu já havia aberto um precedente quando soquei o balcão e ri alto. O homem pulou do banco e saiu correndo do restaurante, voltando-se para me olhar enquanto fazia gestos agitados com suas mãos sobre a cabeça.
Não resisti a um forte impulso e corri atrás do homem. Queria que ele me dissesse o que vira em mim para fazê-lo gritar. Alcancei-o no estacionamento e perguntei-lhe por que gritara. Cobriu os seus olhos e gritou novamente, ainda mais alto. Era como uma criança amedrontada por um pesadelo, gritando a plenos pulmões. Deixei-o e voltei ao restaurante.
- O que houve com você meu querido? - a garçonete perguntou com um ar preocupado. - pensei que tivesse saído correndo de mim.
- Apenas fui ver um amigo – disse eu.
- Aquele cara é seu amigo? – perguntou ela.
- O único amigo que tenho no mundo – disse, e era verdade, se eu pudesse definir “amigo” como alguém que vê através da aparência, da camada superficial que cobre você, e sabe de onde você realmente vem."
Trecho do livro "O Lado Ativo do Infinito" de Carlos Castañeda
Dizeres íntimos
E vou ver os meus olhos, penitentes
Vestidinhos de roxo, como crentes
Do soturno convento da Saudade!
E logo vou olhar ( com que ansiedade!... )
As minhas mãos esguias, languescentes,
De brancos dedos, uns bebés doentes
Que hão-de morrer em plena mocidade!
E ser-se novo é ter-se o Paraíso,
É ter-se a estrada larga, ao sol, florida,
Aonde tudo é luz e graça e riso!
E os meus vinte e três anos...( Sou tão nova ! )
Dizem baixinho a rir: - [ Que linda a vida !... ]
Responde a minha Dor: - [ Que linda a cova! ]
21 abril 2007
Manual para atropelar cachorro
Com Zezé Polessa, Ary França, Bárbara Paz, Rafael Primo, Cynthia Falabella, Tuna Dwek, Rubens Ewald Filho, Rodrigo Frampton
20 abril 2007
E por que havias de querer...
Na tua cama?
Disse palavras líquidas, deleitosas, ásperas
Obscenas, porque era assim que gostávamos.
Mas não menti gozo prazer lascívia
Nem omiti que a alma está além, buscando
Aquele Outro. E te repito: por que haverias
De querer minha alma na tua cama?
Jubila-te da memória de coitos e de acertos.
Ou tenta-me de novo. Obriga-me.
15 abril 2007
A História da Eternidade
14 abril 2007
Espera ou procura?
nenhum som audível, nenhum...
Mas resta os pensamentos,
sufocantes, as vezes delirantes.
Caminho sem ter onde ir,
volto sem ter onde chegar.
Pego em um livro e só...
Não encontro concentração.
E o tempo corre, não esqueço!
Prioridades se confundem,
e nada, nada flui como deve.
Desejo água? Ou quero fogo?
Vivo na terra? ou flutuo no ar?
Cansei de poucos elementos...
08 abril 2007
Estrada
30 março 2007
Distração
11 março 2007
Silêncio
O meu alívio é que nos dias de chuva ele está com tanta pressa, evitando se molhar, que não cogita a possibilidade de parar para conversar, isso de nada faz falta, nem ao menos o telefone aumenta a freqüência de toques e muito menos toca a campainha de minha casa... aquela que meu endereço dei na ocasião da festa de aniversário que ninguém foi porque estava chovendo.