Os homens não nos entendem. Eles dizem que nós somos difíceis de entender - e isso é uma verdade - mas nem compreendem esta afirmação que fazem. Sim, somos difíceis de entender e é parte de nosso mistério, repousa na alma de cada mulher um pouco de poesia. Poesia é inspiração, é desejo que recria a realidade e modifica suas razões, nela não se quer o óbvio e as palavras que preenchem as lacunas em branco exigem labor.
Palavras não são apenas palavras, não para nós mulheres, elas também dependem de quem as fala ou escreve, dependem daquilo que sentimos, daquilo que queremos, depende de nosso êxtase: por vezes, até mesmo as palavras mais sujas podem nos ser palavras belas, nem sempre nos é o puro e simples elogio que nos agrada, está na profusão de nossos sentidos transbordarmos, não nos satisfazemos na quietude. Gostamos de novas descobertas, descobertas que nos faça existir não como coisa, mas existir como um ser fenomenal que não merece o esquecimento de todos os mistérios sido descobertos.
Não posso definir o que é ser mulher. Não posso e não quero! Talvez seja nisso que os homens erram em tentar nos entender, por achar que podem ser homens a nos definir por mulheres. Ser mulher, não sinto como oposição e sim por uma diferença, é ter a possibilidade de transitar para fora de uma regra e ter liberdade.
Não conheço forma de ser mulher, simplesmente sou. Por vezes é certo que somos pressionadas a nos expressarmos em algo que se acredita por ser mulher, mas não passa de uma tentativa artificial de nos prender em esteriótipos, tentativa de tratar a fotografia de uma paisagem como realidade de todo um mundo.
Se na mulher existe tão vasta riqueza, que não possível enumerar, é apenas porque permitimos a vida e sua experiência elaborar o nossa forma de existir, ainda temos a liberdade de poder sonhar.
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