Não tem um tema que é mais corrente que o amor, o outro tão vastamente falado seria a morte e assim como o amor é falado de modo vacilante e as vezes complementares. Na televisão a novela fala de amor verdadeiro, na música no rádio fala-se de amor verdadeiro, no cinema queremos assistir amor verdadeiro (será?)... fato é que ninguém conhece o verdadeiro amor, mas dele se fala como se óbvio para todos, que todo um dia o experimentaram ou ainda vão experimentar... a ironia são as lágrimas do dia-a-dia correntes no rosto de mulheres que hollywood teriam inveja da beleza, lágrimas que no Metrô molha o chão com algumas gotas que insuficiente para outras pessoas notarem ou apenas de afetarem com a cena tão solitária, mulheres que a beleza é superestimada merecidamente mas também um tanto subestimada como sendo um mero corpo...
A pressa é a arma virtuosa da solidão, solidão que não deveria ser ruim se fosse vivenciada com arte. Certo dia você ouve alguém dizer "- Porque nós já pegamos as mulheres mais gatas do curso de psicologia" e de que serve isso? Serve apenas para exemplificar o quanto o discurso amoroso é vacilante.
Beleza é um demônio que invoca talvez a tristeza de não ser vista primeiro como mulher, a qualidade do que é feminino é cada vez menos atrente aos falseados olhos que procuram colecionar belezas das quais depois poderá falar de modo genérico e sem resquícios de uma ou outra pessoa que mereça ser lembrada.
De certo modo fazer parte das "mulheres mais gatas" é saber que é admirada como mulher, mas isso não isenta da ironia - não se sabe quem a vê como mulher - e a solidão se presentifica. Mesmo com tanta gente admirando a beleza que é dito ela possuir, ainda assim, ela dificilmente poderá chamar a beleza que possui de eu.
A dona dos olhos tristes, no metrô, diz sempre ter se deixado enganar, que mesmo ela inicialmente achando que estava se envolvendo com uma pessoa interessante, no final, concluíra que nunca experimentou amor - eu ouço isso com o cuidado de não sorrir com o que me parece o possível primeiro passo dela ser mais responsável amorosamente - e apenas digo que se ela sente aquilo não deveria ficar presa a aquela tristeza, mas também que vivenciasse o quanto que necessitava a tristeza que sentia... vivenciar o luto que é a tristeza parece proíbido, devemos ser felizes mesmo quando não sentindo felicidade... novamente o cotidiano nos força a esquecer o que são os sentimentos de alguém que tenta ser chamar eu.
Nada mais solitário que sempre estar sozinho acompanhado de tantas pessoas, e cotidianamente é tão comum... pessoas são em grupo solitárias.
A pressa é a arma virtuosa da solidão, solidão que não deveria ser ruim se fosse vivenciada com arte. Certo dia você ouve alguém dizer "- Porque nós já pegamos as mulheres mais gatas do curso de psicologia" e de que serve isso? Serve apenas para exemplificar o quanto o discurso amoroso é vacilante.
Beleza é um demônio que invoca talvez a tristeza de não ser vista primeiro como mulher, a qualidade do que é feminino é cada vez menos atrente aos falseados olhos que procuram colecionar belezas das quais depois poderá falar de modo genérico e sem resquícios de uma ou outra pessoa que mereça ser lembrada.
De certo modo fazer parte das "mulheres mais gatas" é saber que é admirada como mulher, mas isso não isenta da ironia - não se sabe quem a vê como mulher - e a solidão se presentifica. Mesmo com tanta gente admirando a beleza que é dito ela possuir, ainda assim, ela dificilmente poderá chamar a beleza que possui de eu.
A dona dos olhos tristes, no metrô, diz sempre ter se deixado enganar, que mesmo ela inicialmente achando que estava se envolvendo com uma pessoa interessante, no final, concluíra que nunca experimentou amor - eu ouço isso com o cuidado de não sorrir com o que me parece o possível primeiro passo dela ser mais responsável amorosamente - e apenas digo que se ela sente aquilo não deveria ficar presa a aquela tristeza, mas também que vivenciasse o quanto que necessitava a tristeza que sentia... vivenciar o luto que é a tristeza parece proíbido, devemos ser felizes mesmo quando não sentindo felicidade... novamente o cotidiano nos força a esquecer o que são os sentimentos de alguém que tenta ser chamar eu.
Nada mais solitário que sempre estar sozinho acompanhado de tantas pessoas, e cotidianamente é tão comum... pessoas são em grupo solitárias.
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