26 novembro 2010

Discurso Intelectual

Elite intelectual (Líderes Universitários) é interessante: Eles são solidários ao RJ, acham absurda a violência, e sentem empatia pelo sofrimentos daqueles mais atingido pela violência, no entanto, se um destes pardos favelados tivessem a oportunidade de dizerem o que eles vivem, sua realidade, não sem sarcasmo afirmaria, o intelectual, que viver não é mesmo fácil, e afirmaria quase como quem diz: "Dificuldade todo mundo tem, meu amigo, a sua não é maior que a de ninguém!".

25 novembro 2010

Sociedade

É comum a afirmação de que a classe média e alta financiam o tráfico por serem consumidoras das drogas, o que não deixa de ser verdade, mas é uma verdade não pode ser tratada como principal. Tratar um consumidor de um produto como responsável por seus males dá margens a absurdos do tipo: - As pessoas sofrem de câncer por causa dos fumantes.
O que acho engraçado é o modo que se estuda história no Brasil, aprende-se que com o pacto colonial o produto mais lucrativo era o tráfico negreiro - venda de escravos - para que abolida a escravidão foi necessário tornar proibido e combatido o tráfico de escravos, não apenas foi necessário a consciência de senhores de escravos (necessário dizer que escravidão ainda é uma realidade aqui mesmo no Brasil). A questão é que fala-se de "tráfico" quando o termo aplicável seria "comércio". Existem: o consumidor, o comerciante, o atravessador, o produtor, entre outros, o que importa é combater o fator mais original ao problema, o que não parece ser nem o consumidor ou o comercializador (não podendo ainda assim isentar de responsabilidade).
Drogas e as armas deveriam que ser interceptadas, muito antes de chegar ao seu destino. O interessante das drogas é entender que seus consumidores as têm como um objeto ou fonte de obtenção de prazer, isso é bem menos complicado de entender que o motivo que o crime seja tão viável como opção de vida: Para muitos é  respeito, autoridade e poder atributos que não prontos a serem obtidos por aparentar humanidade. Ser pobre, negro, favelado é muitas vezes engolir a arrogância que obtida pelo desprezo, preconceito, desconfiança de quem goza de melhores condições. Uma sociedade que tem governantes corruptos, quando estão em lugar de lutar pelo bem público, ensinam seus cidadão também podem ser indiferentes aos direitos e deveres alheios. Ter uma arma na mão, por meio dela ter poder que sendo honesto passaria por mais váriadas humilhações sem ao ponto de obtê-la, ter dinheiro para comprar as roupas de marca, tudo parece estranho, mas justificável a quem segura a arma matando que outros chamariam inocentes. Existem pessoas que não são sócias da sociedade, por isso mesmo nenhuma necessidade de fazê-la crescer como tal, algumas são consideradas sócias quando não deveriam. Mas a verdade: a verdade está muito longe de ser alcançada! São tantas peças na máquina, que mais fácil apontar apenas algumas como fatores ao funcionamento irregular.

23 novembro 2010

Rio dos meus sonhos

Ontem sonhei com um Rio de Janeiro estranho: o Cristo era Rendido e não mais Redentor; na estação do Metrô em Botafogo 4 pessoas, dentre elas uma criança, haviam ficaram gravemente feridas ao serem pisoteadas por outros passageiros que disputavam um lugar para sentar; maconheiros sofriam arrastão pelos traficantes de quem estavam prestes a comprar os produtos; a concorrência do setor de pedir dinheiro nas ruas chegou a tal ponto que tem modificado a estrutura comercial urbana, livrarias estão fechando e, em seu lugar, um novo tipo de comércio especializado na venda de Guaravita, salgados, biscoitos, cigarros e cachaça está em acensão para atender ao mercado consumidor que  representada pelos pedintes; foi promulgada uma lei que estabelece a obrigatoriedade nas calçadas de caminhar, quando acompanhando outras pessoas, sempre de modo que impedindo as outras que não pertencentes ao grupo consiga passar.
O mais estranho era notar que eu não era assaltado e ninguém me pediu dinheiro... só nos meus sonhos mesmo para descobrir que para ser livre basta andar pelado.

Marcas de uma ferida

A frase de Lemiski 'Um homem com uma dor é muito mais elegante' se tornou um dia fato para Carlos, não da mesma dor que Itamar Assumpção sentia fisícamente e sim aquela que apenas rasga com os comprometimentos amorosos... sim... Carlos uma dia sentiu-se mortificado pelo sentimento amoroso e, como se não bastando amor ter sua parte de dor em si próprio, ainda viu-se completamente rejeitado.
Para um homem não é coisa qualquer dizer que um dia se viu a mercê de amar alguém, Carlos se perguntado dirá que nunca encontrou alguém a quem deu este sentimento, e não mente ele despropositalmente. De certa forma, ele aprendeu que um homem quando ama se torna afeminado, indigno de ser desejado como homem, quando confesso em anseio por amar alguém. Na juventude dele há uma certa ironia, logo ele que tão terno, dedicado, destes que poderia-se chamar um gentleman, um tipo que as mulheres dizem não existir, talvez não existindo por se tornar invisível a elas - pensa Carlos que hoje ri de como era tolo, mas ri com um sentimento de tristeza por se tornar tão diferente.
"Nada mais cafageste que um homem com o coração ferido e depois cicatrizado" - é assim que crê, e com essa crença ao invés de um tipo certinho se tornou um tipo meio canalha, daqueles que coleciona naturalidade e nacionalidades das diversas mulheres que já possuiu, tipo que a fama de não ser fisgável não compromete aos seus prazeres. Ele sabe que deve o que se tornou a pelo menos uma mulher, lembra dela raramente mas não porque considera que tem por ela amor e sim porque foi a últma vez que tentou amar... para ele é tentar amar um sinônimo de perder sua possibilidade.
Que ele tenha ficado ficado com uma cicatriz, do tipo que guarda dor lembrando da ferida que foi inflingida, é para ele um presente (no duplo aspecto da palavra), considera que fez dele mais respeitável e seguro. Vez ou outra Carlos, em seus pequenos momentos a sós, sente um incomôdo de pensar que talvez houvesse um outro caminho, e nesse pensamento ele se dá conta que ainda acredita ter alguma beleza em amar alguém... nestes momentos ele diz a si mesmo "- Não vale a pena acreditar nisso!".
O que se pode dizer é que todo charme e carisma de Carlos é uma mistura da dor de um amor rejeitado e do medo da solidão, ele forjou com estes itens sua imponente armadura mas não a de um cavalheiro. Ninguém pode dizer que Carlos não é feliz por viver sempre evitando chegar ao ponto de amar (e quanto a ser amado, é estranhamente frequente as declarações que recebe de amor!), ele tem a certeza que não é infeliz assim e isso é o bastante. Ele encontrou um modo de não ser infeliz, enquanto pessoas buscam sem norte a felicidade.