14 junho 2010

Sonhos...

Sonhos são perigosos, sonhar é quase sempre buscar alguma coisa que deixará alguém muito próximo de você descontente, e é claro que os sonhos que me refiro aqui são o que se pode chamar de ambição. Desde a escolhas profissionais, amorosas, ficanceiras, políticas, físicas, etc. É sempre frustrante fazer escolhas e passar pela solidão de parecer que ninguém mais é favorável a esta escolha, tal como é angustiante viver se apenas atuando pelas escolhas dos outros: por causa da família estudar medicina ou invés de tocar baixo; de estar namorando uma menina magrela pela aceitação social, mesmo gostando de mulheres que tenha mais corpo; de ter que sorrir como se algumas vezes não sentindo tristeza; e tantas outras coisas...
Viver é um pouco isso, o tempo todo alguém nos dizendo o que seria bom, e não apenas bom para ela mas também para você. Chega um momento que é de decisão, não é que você pare de dar atenção ao que os outros dizem, é muito mais um decisão de fazer algo com aquele sonho que não para de gritar esperando que ao menos tente fazê-lo realidade, e talvez aí esteja o maior problema... que um sonho antigo nunca é antigo se você nunca o buscou, e no caso de tornar o seu sonho realidade tem o preço da solidão, afinal todos aqueles que o desestimulava em tentá-lo estarão calados.
Não dá para permanecer sempre em segurança, no previsível, a vida envolve riscos e ter um objetivo envolve o risco de falhar, ter a compreensão que uma falha não é o fim faz muita diferença. Aprendemos muito com erros, mas muito pouco com erros em coisas que não queríamos ter a experiência, e talvez por isso que erramos tanto com algumas coisas... talvez por estarmos tentando o que não desejava de fato.

Escrevendo sobre isso pensava também sobre um filme escrito e dirigido pelo Ethan Hawke, que baseado em um livro dele, o filme foi traduzido aqui no Brasil como "Um Amor Jovem" (Originalmente: The Hottest State), uma das personagens dado momento diz: "Você não acha estranho que, quando somos crianças, todos falam para irmos atrás de nossos sonhos, mas, quando crescemos, ficam ofendidos só por tentarmos?", a pergunta em si é interessante para causar uma sensação incômoda de realidade (já que não é exatamente ela que buscamos no cinema), mas nada comparado a assistir a todo o filme experienciar nos personagens o que parecia que as palavras poderiam dizer.

2 comentários:

Aline disse...

Gostei do texto e da nova cara do blog. Pretendo ver o filme e voltarei depois para comentá-lo. Beijos

Dan Fernandes disse...

Interessante que eu cometi um ato falho, escrevi "e no caso de tornar o seu sonho felicidade" quando pretendia escrever realidade no lugar da palavra felicidade.