25 abril 2010

Par Impar



Sinopse: Em meio a pés que vão e vem, cores e cordas de violino, o sapateiro de um pequeno vilarejo procura o par perfeito, em uma fábula de amor e sapatos.

De Esmir Filho. Com: Adriana Seiffert, Alvise Camozzi, Imara Reis, José Rubens Chachá, Sarah Oliveira

18 abril 2010

O monstro indescrítivel

Apaga da memória que eu te quis mulher
pois desejo é chama, mas também vira pó.
Homem não pode uma só mulher querer,
do contrário receberá não amor, mas dó.

Amar é felicidade, mas também contradição,
porque quem busca amor encontra tristeza,
e se você não busca é alguém sem coração...
Mas numa mulher se busca amor ou beleza?

Talvez nem um e nem outro,
possível que as duas coisas,
e mais certo que ninguém saiba.

Falar amor é falar de monstro,
não tem palavras precisas
alguns o imagina careca e outros com barba.

Passado, presente, futuro, etc...

Olhou para trás e viu seu passado, sorriu ironicamente de tanto espanto com suas decisões precipitadas que tomou em alguns momentos, um sorriso de quem não acha possível ser totalmente adulto e isento de alguma infantilidade, um sorriso de quem acredita que daqui a dez anos, cinco anos, ou mesmo em alguns meses verá alguma estupidez nos momentos seguintes deste que presente, ou mesmo de algum momento passado que sua experiência atual não o faz acreditar ter sido estúpida. A experiência amorosa é um exemplo onde é comum o sentimento de engano, seja pelo fato de ter acreditado amar quem não era verdadeiramente amor ou ter deixado passar quem poderia ser um verdadeiro amor. O tempo do acerto é quase sempre do tempo presente ou adiante, como se o passado fosse um aglomerado de pistas a serem usadas como precauções.

Talvez não exista muito que fazer para não errar, de evitar em um momento futuro olhar para trás e considerar “Meu Deus! Como eu era ingênuo em acreditar nisso!”, mas pelo menos é possível pensar que refletir sobre isso nada mais é que uma mera distração.