25 outubro 2009

Televisão

Existem algumas coisas que são vergonhosas a uma pessoa levar a sério, por exemplo: assistir ao Fantástico e suas matérias sobre problemas de comportamento, relacionamentos, etc.
Ainda que péssimas e vergonhosas, principalmente pela atuação de psicólogos sempre convidados a dar validade a matéria, ainda assim há seu lado interessante. Um profissional clínico de psicologia sabe, sem assistir ao Fantástico, se teve o programa abordou algum distúrbio por exemplo, pois consultórios ficam muito mais cheios. É interessante que a televisão quem providencia esta pessoa a procurar um psicólogo, um médico, nutricionista, etc.
No programa de ontem me chamou atenção uma matéria que discutia os males que as brigas dos pais fazem aos filhos, ao mesmo tempo se falava de providenciar um ambiente de verdade... paradoxo da hipocrisia! A criança que a televisão inventa é cada vez uma criança ignorante, alienada, irresponsável, incapaz e portanto deve ser protegida de todos os males, deve apenas vivenciar "coisas boas".
Não é preciso ser um gênio, nem ter doutorado em psicologia, basta ter a experiência de viver para saber que, apesar de nem tudo sabermos, sabemos suportar algo da dor quando temos alguma experiência de dor. Quem sempre protegido de todos os males, acaba incapaz de viver por si só, e mais que isso não sabe reconhecer o que lhe são males e bens... incapaz de saber se sofre ou não, querem muitas vezes que um profissional o diga se ele está sofrendo... muito adulto para contar com os pais para cuidar dele, mas com a televisão ele pode sempre contar.

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