30 julho 2009

Paris

"O drama, que recebeu três nomeações ao César 2009, conta a história de pessoas 'que aparentemente não tem nada de especial, mas para cada um deles, sua vida é única', nas palavras do próprio diretor Klapisch. A trama narra a história de Pierre (Romain Duris), um dançarino profissional, que descobre sofrer de uma séria doença cardíaca. A partir daí, Pierre passa a olhar a vida e a todas as pessoas de maneira nova, incluindo sua irmã Elise (Juliette Binoche) e o marido que, por um incidente do acaso, passam a morar em sua casa. A possibilidade da morte dá um novo significado à sua vida, à vida das pessoas à sua volta e à toda vida em Paris."

Li esta sinopse quando busquei saber a respeito da '2ª Edição do Panorama do Cinema Francês no Brasil', que ocorreu de 16 a 25 de junho, e de imediato tive a curiosidade pelo filme. O porque minha curiosidade? - O fato ser sobre 'pessoas que aparentemente não tem nada de especial', mas diria também que por haver um personagem que a morte fez olhar para a vida. Pela sinopse apostei que seria o tipo de filme em que o espectador não é um inteiro voyeur, que seria um tipo de filme nos faz testemunha de algo tão verossímil a ponto de fazer-nos sair do cinema como alguém que dará continuidade a ele. E essa aposta estava certa? - 'Considero que sim!' - A cidade de Paris é a personagem principal do filme, e é uma deliciosa surpresa ver que um de seus personagens coadjuvantes é também espectador, a Paris que vemos é a que faz sentido a este espectador considerar a respeito da personagem principal e seus coadjuvantes, mas não é necessariamente a representação fiel do sentido que ele dá, pois ele mesmo espectador é um personagem e nós somos outros espectadores que não ele (mas já sem a neutralidade que acreditamos ter quando assistimos algo). É um filme que vale a pena assistir.


Direção:Cédric Klapisch
Roteiro:Cédric Klapisch
Elenco:Juliette Binoche, Romain Duris, Mélanie Laurent, Fabrice Luchini, François Cluzet

Nenhum comentário: