Nada como um dia após outro... fazer de cada dia um novo dia, renovar talvez o dia anterior, fazer belo o que pretende beleza...
E digo “fazer belo” porque a vida não merece fazer-se moralmente em regras daquilo que é bom e daquilo que não é. Subo a rua de minha casa, lugar onde nem mais gosto, mas olho para ela e acima dela tem um céu... posso dizer que é o céu da minha rua, digo isso hoje talvez pelo mesmo porque de outro dia admirar no entardecer de um sábado, enquanto dentro de um ônibus, o horizonte em belo tom avermelhado.
Beleza quando já definida bela é vazia, é puro consumo. A beleza é artística, se inventa a cada momento e só é percebida por quem vai além das mediações de “deve ser assim ou assado”. A alma de uma jovem mulher por exemplo é cheia de intensidade que se negligenciada impede ela ser mais indica sua aparência, que não poucas vezes classificam “linda”, mas difícil é apreciar a beleza que transborda para além desta casca que só os olhos vêem, falta a sensibilidade para além dos olhos, sentir o doce inebriante de não ser amargo.Meus dias também transbordam de beleza, sinto uma alma junto a minha que mesmo longe se faz perto, me faz sorrir, que faz esperar. Se olho para essa beleza que transborda é porque dela também em todo lugar que olho está...
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