Quando olhei para mim mesmo algo estranho ocorreu, eu não era mais eu, aquele eu que seria para outros e para mim mesmo...foi ao mesmo tempo que vi os outros não serem mais ninguém, pois não espelhavam mais um exemplo de eu, algo que poderia tomar em alguma instância a mim mesmo...
Eu – múltiplo, eu – único, em coexistência por meio de acontecimento pela experiência, não mais por expectativas nem próprias nem de outros.
Bebo um gole de água, tem um gosto diferente da mesma água que a pouco tomei... e ainda assim não faz tanta diferença porque ela antes já devia ter esse gosto.Encerra-se o momento de perguntas e ter respostas, neste momento apenas percebo e me calo.
28 novembro 2006
08 novembro 2006
Sonhos
Antes do pôr-do-sol desejo realizar meus sonhos, mas agora é hora de levantar e tentar lembrar com o que sonhei. Aos poucos percebo que sonhei tudo se desfazer, eu pergunto que importância isso tem... então deixo de lado os vestígios oníricos, pois ao que me lembre todos os dias meus sonhos são diferentes um do outro.
Sonhos são determinados? As vezes tenho uma estranha clareza que só os conheço quando estou cara-a-cara com tal objeto sonhado, que na verdade sonho na noite seguinte com o que não pude alcançar, seja por medo ou mesmo por considerar desejo uma coisa tão invariável. Não é assim o determinado passado a esclarecer objetivos... mudo no dia seguinte de forma que me distraio de valores preconcebidos e acontece o inesperado, mas um inesperado daquele tipo que nos conforta de tal modo que a fazer-nos deleitar em uma plácida alegria de realização, comparo com o passado e nele é assustador que aquele presente não existiria em meu pensamento, contraditoriamente investigo meu passado e deparo com o fato que foi ele a propiciar o encontro. Regras? Não parecem existir! Ou até existem, mas apenas em vontade de controlar ações, e pensando assim será certo eu realizar meus desejos até o pôr-do-sol? Apesar do dia claro não sei ainda se ficará nublado, se ficarei dentro de uma sala sem a noção do tempo, e aliás é necessário dizer que sempre gostei mais de olhar para a lua.
Embora haver sempre espaço ao questionamento “não pode ser na verdade o meu grande sonho somente viver sonhando?” prefiro acreditar que todo o passado e sonhos são uma coisa só... e com isso desejos potentes, sempre em transformação, mesmo em meio da repetição que nos parece.
Sonhos são determinados? As vezes tenho uma estranha clareza que só os conheço quando estou cara-a-cara com tal objeto sonhado, que na verdade sonho na noite seguinte com o que não pude alcançar, seja por medo ou mesmo por considerar desejo uma coisa tão invariável. Não é assim o determinado passado a esclarecer objetivos... mudo no dia seguinte de forma que me distraio de valores preconcebidos e acontece o inesperado, mas um inesperado daquele tipo que nos conforta de tal modo que a fazer-nos deleitar em uma plácida alegria de realização, comparo com o passado e nele é assustador que aquele presente não existiria em meu pensamento, contraditoriamente investigo meu passado e deparo com o fato que foi ele a propiciar o encontro. Regras? Não parecem existir! Ou até existem, mas apenas em vontade de controlar ações, e pensando assim será certo eu realizar meus desejos até o pôr-do-sol? Apesar do dia claro não sei ainda se ficará nublado, se ficarei dentro de uma sala sem a noção do tempo, e aliás é necessário dizer que sempre gostei mais de olhar para a lua.
Embora haver sempre espaço ao questionamento “não pode ser na verdade o meu grande sonho somente viver sonhando?” prefiro acreditar que todo o passado e sonhos são uma coisa só... e com isso desejos potentes, sempre em transformação, mesmo em meio da repetição que nos parece.
Assinar:
Postagens (Atom)